HUGO ANTÔNIO FERRARI - hugo.a.ferrari@hotmail.com - ÓBIDOS - PA
Caros amigos Luiz Arthur e Ademar Amaral:
Li, atentamente, o comentário de vocês sobre a minha matéria: “O FIM DA ERA KENNEDY”.
Fiquei surpreso com tantas acusações à família Kennedy, e, em especial, a pessoa do ex-Presidente americano. Não foi isso que a maioria da imprensa mundial falou dos Kennedy durante todos esses anos.
Surpreendi-me ainda mais, como alguém pode ser tão patife, indecoroso, infiel, impatriota, num país onde a justiça impera, sendo um exemplo para o mundo, e chegar a ser eleito Presidente da maior democracia do planeta? Ainda mais, num país altamente politizado, onde o voto é facultativo.
Lembram do escândalo que tirou Nixon do poder? O Presidente foi obrigado a renunciar ao cargo para não ser cassado pelo Congresso.
Será que os Estados Unidos - na ótica de muitos - virou uma “republiqueta” qualquer, onde tudo pode e nada acontece?
Ademais, o eleitorado americano bem informado como de fato o é, e no conhecimento de tantas denúncias comprometendo a vida pública e privada do Presidente Kennedy ainda assim o elegeram? Estranho, não é?
Não li o livro ao qual o Luiz se refere. Li outros sobre os Kennedy.
Poucos já atentaram para o poder destruidor ocasionado pela inveja, pela calúnia, muito próprio na política, provocando estragos na vida de muitas pessoas.
Um político jovem, bem parecido, inteligente, por certo, atraiu a ira de muita gente a ponto de ser assassinado. Foi exatamente o que fizeram com o Presidente Kennedy.
O que me causa espécie é numa Nação superdesenvolvida, como eleger então um político desqualificado para tão proeminente cargo? Se fosse num país subdesenvolvido, seria compreensível.
Pelo que já li, ouvi, nunca vi nada que desabonasse a conduta do Presidente Kennedy.
Afinal, se tudo o que disseram for verdade, jamais esse homem poderia ter chegado à Casa Branca, até mesmo com a reeleição já garantida, que somente não ocorreu, devido ter sido assassinado.
Agora, no desempenho da vida pública, alguém pretende sair ileso? Torna-se quase impossível. Sempre haverá uma suspeita, uma calúnia, pairando no ar. Nem Jesus, que só fazia o bem escapou, quanto mais um de nós, pobres pecadores. Logo conquistaremos inimigos gratuitamente.
Se com o irmão Bobb não tivesse acontecido a mesma tragédia com John Kennedy, sem sombra de dúvida teria sido Presidente também. As pesquisas da época já confirmavam a sua esmagadora vitória.
E os elogios sobre a trajetória de Ted Kennedy no Congresso americano, vindos não só dos americanos, mas, do mundo todo, lamentando o seu recente falecimento não procedem? Ninguém é elogiado e reconhecido sem merecer.
Na missa de corpo presente do Senador, além de Barack Obama, três ex-Presidentes participaram do ato religioso em sua memória. Ele era o último dos irmãos.
Por fim, como de costume, faço questão de respeitar a posição dos caros amigos por entenderem serem essas as verdades sobre a passagem da “Família Kennedy” por esta Terra, e, sobretudo, do próprio Presidente, cujo seu inegável prestígio era reconhecido internacionalmente, daí o ter comparado ao carisma do Papa João Paulo II que encantou o mundo nas suas peregrinações.
Acho muito difícil mudarem esse conceito a respeito dos Kennedy, mesmo sabendo que não existe ser humano perfeito, seja ele quem for. Todos somos passivos de erros e imperfeições - menos Deus -, a perfeição personificada.
Essa é a minha opinião!
Abraços a todos do amigo
Hugo Ferrari